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O ozônio (O3) é uma molécula gasosa natural composta por três átomos de oxigênio. A palavra ozônio é originária da palavra grega ozein, o que significa odor e foi usado pela primeira vez em 1840 pelo químico alemão Christian Friedrich Schonbein “O pai da terapia de ozônio” . A camada de estratosfera da atmosfera contém abundância de ozônio e protege os organismos vivos dos raios ultravioleta. O ozônio é mais pesado do que o ar e, portanto, cai para a terra a partir de altas altitudes. Ele limpa o ar e se combina com qualquer poluente que entra em contato. Esta é a maneira natural do planeta Terra de auto-limpeza. Há mais de 100 anos, o ozônio tem sido utilizado na medicina como um dos métodos de tratamento não medicamentoso. O primeiro dentista a usar a terapia com ozônio em sua prática foi na década de 1930, para auxiliar na desinfecção e cicatrização de feridas durante cirurgias dentárias. A terapia com ozônio pode ser definida como uma terapia bio-oxidativa versátil, na qual o oxigênio/ ozônio é administrado via gás ou dissolvido em água ou em uma base de óleo para obter benefícios terapêuticos. Mecanismo de ação A terapia com ozônio possui uma ampla gama de aplicações no tratamento de diversas doenças devido às suas propriedades únicas, incluindo ações antimicrobianas, imunoestimulantes, analgésicas, desintoxicantes, bioenergéticas e biossintéticas. Aplicações na odontologia A terapia com ozônio apresenta grandes vantagens quando utilizada como suporte para tratamentos convencionais e é indicada para uso em uma ampla gama de especialidades dentárias.

  1. Ozônio e patógenos orais As lesões orais são causadas por vários fatores etiológicos; Os microorganismos desempenham um papel importante para o mesmo. A eliminação desses agentes patogênicos microbianos constitui o principal suporte de um tratamento odontológico eficaz. Várias bactérias foram estudadas em relação ao tratamento com ozônio. A exposição de cerca de 60 segundos apresenta 99,9% de redução de bactérias cariogênicas.
  2. Ozônio e tecidos orais A aplicação de ozônio tem vários efeitos benéficos sobre os tecidos orais, incluindo a remissão de várias alterações na mucosa, melhora na cicatrização de feridas e aumento da taxa de rotatividade das células orais. A biocompatibilidade de formas gasosas e aquosas de ozônio é maior em relação aos
    antimicrobianos tradicionais e também é um excelente agente anti-séptico. Portanto, o ozônio atende a características biológicas celulares ótimas em termos de biocompatibilidade para aplicação oral. Além disso, várias lesões na mucosa oral, como herpes, úlceras aftosas, candidíase, estomatite dentária também apresentam uma marcada resolução devido à capacidade de cura do ozônio.
  3. Ozônio no tratamento de cáries dentárias A cárie dentária é causada por um nicho ecológico de organismos que produzem cáries. O ozônio é eficaz na eliminação de bactérias associadas ao desenvolvimento de lesões de cárie. Isto é atribuído não só às suas propriedades antimicrobianas, mas também ao fato de que o ozônio oxida o ácido pirúvio produzido pelas bactérias cariogênicas em acetato e dióxido de carbono, fazendo com que o ambiente fique inóspito ao desenvolvimento de colônias bacterianas.
  4. Odontologia restauradora As evidências obtidas de estudos que avaliam a eficácia do ozônio em materiais dentários justificam o uso de ozônio antes de restaurações profundas. Não houve alterações observadas nas propriedades físicas do esmalte e dentina. Quando aplicado por uma duração prolongada o gás de ozônio tem um forte efeito bactericida sobre os microorganismos dentro dos túbulos dentinários das cavidades profundas, conseqüentemente, melhorando o sucesso clínico das restaurações.
  5. Ozônio na periodontia A água ozonizada é altamente eficaz na matança de microrganismos orais patogênicos. O ozônio têm uma ação significativa em relação à profundidade de bolsa, índice de placa, índice gengival e contagem bacteriana. O ozônio também é usado com sucesso como enxaguamento para irrigar as bolsas periodontais antes da realização de tratamento periodontal.
  6. Protese sobre implante Os pacientes que sofrem de periimplantitis foram investigados por pesquisadores que compararam a eficácia dos métodos de terapia convencional, cirúrgica e de ozônio para curar a periimplantite. Eles relataram que o principal desafio parece ser a descontaminação da superfície do implante, o tecido circundante e a prevenção da recolonização com bactérias patogênicas periodontais. E a redução bacteriana mais eficaz foi registrada no grupo de pacientes tratados com ozônio.
  7. Cirurgia oral A terapia com ozônio possui uma vasta gama de aplicações na cirurgia bucal; seja um procedimento de extração simples ou uma infecção grave do maxilar ou procedimentos de osteotomia. O ozônio melhora a cicatrização de feridas, melhora várias propriedades dos eritrócitos e facilita a liberação de oxigênio nos tecidos. Isso provoca vasodilatação e, portanto, melhora o suprimento de sangue para as zonas isquêmicas. Portanto, pode ser usado com sucesso em casos de comprometimento da cicatrização após intervenções cirúrgicas, como extrações dentárias ou na colocação de implantes. Além disso, após a realização de osteotomia contra as infecções, a água ozonizada mostrou melhores resultados clínicos quando utilizada para aplicações profiláticas.
  8. Odontopediatria As aplicações da terapia de ozônio em uma prática
    pediátrica dependem principalmente do fato de que a aplicação de ozônio é um procedimento muito rápido, efetivo, fácil e especialmente indolor para realizar. Alcançar um relacionamento positivo com um paciente infantil é a chave para um tratamento pediátrico bem sucedido que pode ser efetivamente acompanhado pelo uso da terapia com ozônio.
  9. Endodontia O ozônio possui imenso potencial para ser utilizado como antimicrobiano na endodontia. O ozônio é efetivo quando utilizado de forma correta nos canais radiculares durante a limpeza, a modelagem e a irrigação. Quando usado como irrigante, o ozônio encoraja a regeneração do tecido e a cicatrização óssea. Portanto, em infecções periapicais, a terapia com ozônio pode aumentar o alcance do tratamento não cirúrgico dessas lesões.